Tendências em criptomoedas que podem mudar a América Latina até 2025
O mercado de ativos digitais na América Latina teve um crescimento incrível no primeiro semestre de 2025, superando até as expectativas mais otimistas. Essa evolução não é só uma novidade, mas o resultado de um trabalho contínuo entre reguladores e instituições locais, como apontam os analistas da corretora de criptomoedas Bitfinex.
Com muitos avanços institucionais e uma adoção crescente das criptomoedas pelas empresas da região, essa transformação vem chamando a atenção. São mudanças que vão desde novos marcos regulatórios até a integração de criptoativos no dia a dia das pessoas e empresas.
Vamos explorar cinco marcos que estão moldando o futuro do mercado de cripto na América Latina.
1. Fim da rivalidade entre finanças tradicionais e cripto
Na América Latina, a antiga rivalidade entre bancos e plataformas de criptomoeda ficou para trás. Agora estamos vendo uma infraestrutura compartilhada, onde bancos, fintechs e até governos lidam com ativos digitais sem barreiras. Por exemplo, no Panamá, já é possível pagar serviços municipais usando criptomoedas, uma inovação que transforma a maneira como o sistema fiscal funciona.
2. Avanço regulatório e uso de stablecoins
A região está se adaptando rapidamente a regras mais claras para o setor. No Chile, a nova Lei das Fintechs exige que as exchanges se registrem e adotem padrões rigorosos de combate à lavagem de dinheiro. Isso inclui a identificação de clientes, facilitando uma regulação segura para as stablecoins. O Brasil também está na mesma onda, com o Banco Central preparando regras para essas moedas digitais e a criação do Drex, uma moeda digital brasileira que promete inovar o sistema de pagamentos.
Essas iniciativas visam aumentar a segurança tanto para consumidores quanto para empresas, criando um ambiente mais confiável.
3. Infraestrutura e adoção institucional em crescimento
A infraestrutura para o uso de criptomoedas na América Latina está se expandindo rapidamente. Em 2024, mais de 55 milhões de latinos estavam usando criptoativos. O México se destaca com mais de 90 caixas eletrônicos de criptomoedas. O Brasil não fica atrás, com mais de 70 máquinas espalhadas pelo país. Essa facilidade de acesso quebra as barreiras bancárias e facilita transações internacionais.
Além disso, empresas estão começando a enxergar o valor do Bitcoin. A Méliuz, por exemplo, adotou o BTC como parte de sua estratégia e viu uma valorização de 111% nas ações após investir na moeda. Isso mostra que as criptomoedas podem ser mais que um ativo de especulação; elas também podem servir como uma reserva de valor.
4. A regulamentação da tokenização
A tokenização, que era um conceito ainda em desenvolvimento, está agora ganhando corpo com regulamentações. A Argentina, por exemplo, aprovou novas regras para a tokenização de ativos reais, permitindo que os tokens sejam tratados como títulos financeiros equivalentes. Os usuários poderão reconverter esses tokens em suas formas tradicionais sempre que quiserem. Essa regulamentação inclui um período de testes para experiências seguras com ofertas digitais.
5. Propostas de leis e o fortalecimento do ambiente regulatório
A criação de marcos legais claros se tornou fundamental. Na Colômbia, por exemplo, um projeto de lei busca estabelecer critérios de licenciamento para serviços de criptomoedas e garantias para os usuários, refletindo uma tendência em buscar um equilíbrio que incentive a inovação.
Em um cenário de crescimento, o Cripto Latin Fest de 2025 será realizado em Medellín, na Colômbia, reunindo especialistas e líderes do setor. A Bitfinex estará presente, ajudando a moldar as discussões sobre os desafios e oportunidades do mercado de cripto na região.